摘要:O presente artigo tem como objetivo discutir as relações entre memória e literatura no texto autobiográfico a partir da inserção do conceito de equívoco de memória. Assumindo o diálogo como forma de provocação, procuro responder algumas questões acerca das características do que chamo equívoco de memória, conceito forjado com base nas ideias de perspectivismo Ameríndio e de equívoco controlado, ambas desenvolvidas pelo antropólogo Eduardo Viveiros de Castro. A leitura que defendo encara o texto autobiográfico como sendo constituído por um processo de intensa alteridade, de diferença e não de semelhança, e o seu autor como um tradutor do passado, cujo trabalho se torna legível somente por meio do equívoco. Graduado em Letras: Português/Inglês pela Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina (UNESC) e Mestre em Educação pela mesma instituição. Doutorando em Ciências da Linguagem na Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Bolsista do Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições Comunitárias de Ensino Superior – PROSUC/CAPES.