摘要:Analisar estudos que avaliaram o papel de infecções e de medidas indiretas de exposição às infecções no risco de leucemia infantil, principalmente da leucemia linfocítica aguda. MÉTODOS: A busca nas bases de dados Medline, Lilacs e SciELO utilizando-se inicialmente os descritores “leucemia infantil” e “infecção” e, posteriormente, pesquisando-se as palavras “leucemia infantil” e “infecção ou doença materna” ou “aleitamento materno” ou “frequência à creche” ou “vacinação” recuperou 62 publicações que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: amostra composta por sujeitos com idade inferior ou igual a 15 anos; análise específica de casos diagnosticados com leucemia linfocítica aguda ou todas as leucemias; avaliação de exposição materna ou infantil a infecções (ou medidas indiretas de exposição à infecção) e risco de leucemia. RESULTADOS: Globalmente, os 23 estudos que avaliaram infecções nas crianças suportam a hipótese de que a ocorrência de infecções no início da infância reduz o risco de leucemia, mas existem discordâncias intra e entre estudos. A avaliação por meio das medidas indiretas de exposição à infecção mostrou evidências de redução do risco de leucemia associado principalmente com frequência à creche. Mais de 50,0% dos 16 estudos que avaliaram exposição materna à infecção observaram aumento do risco de leucemia associado com episódios de gripe, pneumonia, varicela, herpes zoster, infecção do trato genital inferior, doença de pele, doenças sexualmente transmissíveis, vírus Epstein-Barr (EBV) e Helicobacter pylori . CONCLUSÕES: Embora nenhum agente infeccioso específico tenha sido identificado, as evidências científicas são sugestivas de que a exposição a infecções interfere na etiologia da leucemia infantil.
其他摘要:OBJECTIVE: To analyze studies that evaluated the role of infections as well as indirect measures of exposure to infection in the risk of childhood leukemia, particularly acute lymphoblastic leukemia. METHODS: A search in Medline, Lilacs, and SciELO scientific publication databases initially using the descriptors “childhood leukemia” and “infection” and later searching for the words “childhood leukemia” and “maternal infection or disease” or “breastfeeding” or “daycare attendance” or “vaccination” resulted in 62 publications that met the following inclusion criteria: subject aged ≤ 15 years; specific analysis of cases diagnosed with acute lymphoblastic leukemia or total leukemia; exposure assessment of mothers’ or infants’ to infections (or proxy of infection), and risk of leukemia. RESULTS: Overall, 23 studies that assessed infections in children support the hypothesis that occurrence of infection during early childhood reduces the risk of leukemia, but there are disagreements within and between studies. The evaluation of exposure to infection by indirect measures showed evidence of reduced risk of leukemia associated mainly with daycare attendance. More than 50.0% of the 16 studies that assessed maternal exposure to infection observed increased risk of leukemia associated with episodes of influenza, pneumonia, chickenpox, herpes zoster, lower genital tract infection, skin disease, sexually transmitted diseases, Epstein-Barr virus, and Helicobacter pylori . CONCLUSIONS: Although no specific infectious agent has been identified, scientific evidence suggests that exposure to infections has some effect on childhood leukemia etiology.